A Teologia Cristã tem dois termos sobre a presença de Deus que também constam na filosofia: a Imanência e a Transcendência. Eu explico (bem resumido, ok?): a imanência vai dizer que o Deus Trino está dentro de nós, dos seres humanos que Lhe abrem as portas do coração; a transcendência vai dizer que Deus é muito maior do que as coisas que conhecemos e devemos buscá-Lo além das experiências individuais.
Tenho visto na prática, porém, que a busca individual e inclusiva está se sobrepondo ao deslumbramento a respeito das coisas criadas, nas quais também podemos ver traços do divino. Cultivar um relacionamento com Deus com base na imanência está gerando isolamento, divisão e autolatria entre líderes, igrejas e denominações.
Como Chesterton já ensinava, precisamos buscar mais de Deus fora de nós mesmos, fora dos templos, na natureza, nas artes, nas pessoas. Buscar este deslumbramento, ter esta curiosidade, viver esta aventura de descobrir outras culturas com suas novas formas de moral e justa indignação para, depois de tudo, comparar estas novas experiências com a verdade das Escrituras.
Tenho encontrado muito de Deus nos lugares onde Ele sequer é citado, em livros e músicas, em conversas e escritos, em lugares onde Deus sempre me surpreende. Estou, ainda, aprendendo a me manter atento a esta "brisa suave", porque Deus está na brisa e não no terremoto.
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