Muita gente se diz cristã e se esquece que o nome "cristão" foi uma piada feita com as primeiras pessoas que seguiam a Cristo. É um conceito simples: seguir a Cristo é como uma piada para quem está do lado de fora. Seguir a Cristo é tão paradoxal que só resta aos não-cristãos fazer piada disso. E os que fazem mais piada são os não-cristãos que estão dentro das igrejas.
Jesus amava as prostitutas - no bom sentido da palavra - enquanto evitava os mais religiosos de sua época. Mas tem gente que deixa de amar os marginalizados, como os travestis por exemplo, por amor a sua religião. Conheço gente que, por causa de sua religião, deixou de conversar e de se sentar à mesa com quem pensa diferente, com quem é diferente, com quem crê diferente - ou não crê. Isso não é seguir a Jesus.
Jesus não tinha uma posição política definida. Entre seus apóstolos, Mateus era funcionário público lacaio dos romanos e Simão era zelote, mais ou menos o PSTU da época. E Jesus chamava Herodes de raposa numa boa, porque ele não se importa com partidos políticos, mas com o coração das pessoas. Pra quem não segue Jesus, a posição política faz uma tremenda diferença. Pra quem segue Jesus, o que importa é o coração de cada um, suas intenções e suas negações. Se você quiser votar por indicação de líderes religiosos, saiba que Jesus não tem voto declarado porque o Reino Dele não é deste mundo.
O Reino de Deus - ou de Alá, ou de Jeová - não é imposto por armas. Não é um Reino em que as pessoas veem suas fronteiras ou seu exército. Não é um Reino que se mede pela quantidade de pessoas, mas sim pela qualidade de sua influência num mundo desorientado.
Enfim, seguir a Jesus é amar incondicionalmente. É um desafio diário, contínuo e perene. Quem não estiver disposto a tomar esta cruz que é amar quem não merece ser amado, não deve ser chamado de cristão. E a razão é simples: não amar é normal; e ser cristão deve ser um escândalo.
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