Olhei
ao meu redor, observei homens e mulheres, moços e velhos, mas amor
vi muito pouco.
Ouvi
falar muito de amor, mas não se tratava do amor verdadeiro. Vi
hipocrisia, muita falsidade, muita ignorância, muito egoísmo
revestido com uma capa de amor. Uma multidão de pessoas boas, bem
intencionadas, que julgam ter amor sem porém conhecê-lo. Você ama
de verdade...? Uma pergunta importante, pois da resposta depende sua
própria vida.
O
apóstolo João nos disse como podemos conhecer o verdadeiro amor:
“nisto conhecemos o amor, em que Cristo deu a sua vida pelos irmãos
(próximo)” (1 João 3.16).
A
presente passagem bíblica nos ensina que Jesus Cristo é o perfeito
exemplo do amor. Se imitarmos a Jesus, a sua vida, podemos aprender a
amar.
Observei
que a grande maioria das pessoas falha na tentativa de amar porque o
seu propósito não tem fundamento. Sabemos que o amor visa o
perfeito bem-estar da outra pessoa e tudo faz, lutando para atingir
este objetivo.
Quantas
mães sacrificam anos de vida pelo filho amado, para que este tenha
uma existência melhor, mais dinheiro, um bom trabalho, uma boa
posição social, para depois constatar que, apesar de ter conseguido
tudo isto, o filho não alcançou uma vida mais feliz, nem mais
alegre, nem atingiu o bem-estar almejado. Por que? Porque o propósito
do seu amor visava bens terrenos.
Tudo
o que é desta terra passa, não tem fundamento, é algo
permanentemente ameaçado, lhe falta segurança, firmeza, não merece
enfim nossas melhores forças. O que tem então valor? A vida, pois
nada podemos aproveitar se não tivermos vida. Por conseguinte,
devemos procurar preservá-la, esta deve ser a nossa meta: a vida
verdadeira, a eterna, para nós e todos a quem amamos. Este perfeito
bem-estar, a vida plena, é o sublime propósito do verdadeiro amor,
o amor que nosso Senhor Jesus viveu.
Observe
no Novo Testamento, que toda atividade de Jesus visava a nossa
salvação. Sua pregação, sua vida, seu poder manifestado através
de inúmeros milagres e finalmente a cruz, tudo tinha por fim a vida
eterna dos homens. Nós geralmente achamos que ao darmos uma gorjeta
a qualquer necessitado ou ao assistir financeiramente um orfanato ou
alguma instituição benevolente, satisfazemos as exigências do
amor. Pelo exemplo do nosso Mestre, porém, aprendemos que a ajuda
material deve ser somente um meio, uma maneira de expressar o
interesse pelo bem-estar do próximo e deve servir para auxiliar o
outro a ver em nós o amor de Deus, que quer levá-lo ao verdadeiro
bem-estar, à vida eterna, ao lar celestial. A assistência material,
sem dúvida, é necessária e importante, mas não é a finalidade
do verdadeiro amor. Se você amar alguém, faça tudo para que a
pessoa amada siga o chamado de amor do nosso Senhor Jesus e tenha
através Dele acesso à plenitude de vida.
Amar
como? O apóstolo do amor, em 1 João 3.16 ensina como devemos amar:
“nisto conhecemos o amor, em que Cristo deu a sua vida por nós e
devemos dar a nossa vida pelos irmãos”.
Será
que isto quer dizer que devemos morrer numa cruz? Evidentemente que
não, pois a nossa morte não ajudaria a ninguém, mas com a nossa
vida podemos servir a muitos. Amar é oferecer vida, é fazer morrer
o nosso “eu”, o egoísmo. O verdadeiro amor não julga, nem
condena, mas suporta e sofre (1 Coríntios 13.4-7). O problema do
próximo, cuja vida interior, desfigurada e manchada pelo erro,
caminha para a destruição eterna, se torna nosso problema. Quando o
apóstolo Paulo escreveu aos Filipenses a respeito da comunhão nos
sofrimentos de Cristo (Filipenses 3.10), referia-se exatamente a este
suportar, a este sofrer, a este penoso trabalho de uma alma (vida)
que ama (Isaías 53.11).
O
amor que o mundo conhece procura por meio de uma atitude benevolente
tranqüilizar uma consciência machucada que quer merecer algo do
Senhor do céu e da terra, ou até satisfazer o próprio egoísmo
(ah, como sou bom!). Este amor, porém, não satisfaz, não tem
valor, é vão, porque não é verdadeiro, pois difere basicamente do
único amor vivido por Jesus Cristo.
É
muito fácil falar de amor, mas difícil vivê-lo, difícil renunciar
à própria vontade, difícil perseverar até o fim. Quem anda pelo
caminho do amor experimentou a humilhação, aprendeu o que é ser
rejeitado, conhece a frustração e a decepção, sabe o que é
padecer pelo irmão.
Apesar
do sacrifício e da renúncia, uma vida de amor verdadeiro vale a
pena, é altamente gratificante, pois o resultado tem fundamento, é
eterno, é vida.
Olhe
ao seu redor, observe as pessoas, o amor que manifestam, será que
você vai encontrar amor? Você mesmo, porventura, procura amar como
Cristo amou?
Klaus
Siebje, extraído da Revista Mulher Cristã
Comentários
Postar um comentário