Muitas pessoas perguntam se cristãos podem utilizar símbolos natalinos. Por símbolos natalinos, quero dizer os mais conhecidos: o Papai Noel, a Árvore de Natal e o Presépio. Vamos falar brevemente sobre a origem destes símbolos.
O Papai Noel teve sua origem em um arcebispo chamado Nicolau. No Século IV, em sua paróquia na Turquia, Nicolau tinha o costume de, próximo ao dia de Natal, auxiliar alguns pobres colocando dinheiro na chaminé de suas casas. Posteriormente, o catolicismo reconheceu alguns milagres e popularizou a vida de São Nicolau. Em uma jogada de marketing, a Coca-Cola criou a imagem do Papai Noel velhinho, gordinho e de barba branca, com as roupas nas cores de seu logotipo. A partir daí, uma série de lendas fantasiosas foram criadas, como um trenó com renas, a residência do bom velhinho no Pólo Norte etc.
Enfeitar árvores para divindades é uma prática de longa data. Já milhares anos antes de Cristo era costume enfeitar árvores como uma forma de culto. Os egípcios, gregos e assírios tinham esta prática. Mas quem, realmente, inventou a Árvore de Natal? Não se sabe. A única pista é que nasceu entre os germânicos no Século XVI. Alguns dizem que um monge chamado Bonifácio adotou a Árvore de Natal para que os povos pagãos deixassem de oferecer os pinheiros a Odin. Outros preferem a versão em que Lutero inventou a Árvore de Natal em um passeio pelo bosque e uma visão mística. O que sabemos, porém, é que a prática era comum e antiga, também pagã, e depois foi adotada pelo Cristianismo como símbolo do Natal.
A tradição nos diz que São Francisco de Assis montou o primeiro presépio em argila, para ensinar às pessoas a história do Natal de uma maneira lúdica. O Presépio é uma imagem em escultura da cena do nascimento de Jesus, geralmente em uma gruta ou estábulo, contendo os pais terrenos de Jesus. Algumas representações contém animais, os pastores e os magos do oriente.
Cristãos de nossa época utilizam estes símbolos enquanto outros repudiam seu uso. Dentre os que condenam estas tradições, há histórias interessantíssimas, como esta a seguir:
O Natal está baseado em culto à falsos deuses nascidos na Babilônia. Então, se recebemos o natal pela igreja católica romana, e esta por sua vez recebeu do paganismo, de onde receberam os pagãos? Qual a origem verdadeira? O natal é a principal tradição do sistema corrupto, denunciado inteiramente nas profecias e instruções bíblicas sobre o nome de Babilônia. Seu início e origem surgiu na antiga Babilônia de Ninrode. Na verdade suas raízes datam de épocas imediatamente posteriores ao dilúvio. Ninrode, neto de Cão, filho de Noé, foi o verdadeiro fundador do sistema babilônico que até hoje domina o mundo - Sistema de Competição Organizado - de impérios e governos pelo homem, baseado no sistema econômico de competição e de lucro. Ninrode construiu a Torre de Babel, a Babilônia primitiva, a antiga Nínive e muitas outras cidades. Ele organizou o primeiro reino deste mundo. O nome Ninrode, em hebraico, deriva de “Marad” que significa “ele se rebelou, rebelde”. Sabe-se bastante de muitos documentos antigos que falam deste indivíduo que se afastou de Deus. O homem que começou a grande apostasia profana e bem organizada, que tem dominado o mundo até hoje. Ninrode era tão perverso que se diz que casou-se com sua mãe, cujo nome era Semíramis. Depois de sua morte prematura, sua mãe-esposa propagou a doutrina maligna da sobrevivência de Ninrode como um ente espiritual. Ela alegava que um grande pinheiro havia crescido da noite para o dia, de um pedaço de árvore morta, que simbolizava o desabrochar da morte de Ninrode para uma nova vida. Todo ano, no dia de seu aniversário de nascimento ela alegava que Ninrode visitava a árvore “sempre viva” e deixava presentes nela. O dia de aniversário de Ninrode era 25 de dezembro, e esta é a verdadeira origem da “árvore de natal”. Por meio de suas artimanhas e de sua astúcia, Semíramis converteu-se na “Rainha do Céu” dos babilônicos, e Ninrode sob vários nomes, converteu-se no “Divino Filho do Céu”. Por gerações neste culto idólatra. Ninrode passou a ser o falso Messias, filho de Baal: o deus-sol. Nesse falso sistema babilônico, “a mãe e a criança” ou a “Virgem e o menino” (isto é, Semíramis e Ninrode redivivo) transformaram-se em objetos principais de adoração. Esta veneração da “virgem e o menino” espalhou-se pelo mundo afora; o presépio é uma continuação do mesmo em nossos dias, mudando de nome em cada país e língua. No Egito chamava-se Isis e Osiris, na Ásia Cibele e Deois, na Roma pagã Fortuna e Júpiter, até mesmo na Grécia, China, Japão e Tibete, encontra-se o equivalente da Madona (minha dona ou minha senhora), muito antes do nascimento de Jesus Cristo." (texto divulgado por Davi Pedro, em 25/11/2015, via redes sociais. O autor alega ser membro da Congregação Cristã do Brasil, o que não duvido pois este ensino é difundido nesta Congregação).
Desculpe-me pelo texto longo. Qual o problema com este ensinamento? Vejo dois principais:
Primeiro: não tem nada disso na Bíblia. O que orienta a fé do cristão é a Bíblia. Histórias sobre filhos e mães não me interessam se não estão na Bíblia. Não creio em Ísis e Osíris nem em Cibele e Deois. Mas creio na virgem e seu menino, esperança da humanidade. E, depois de Maria, não creio nas fantasias criadas sobre ela e que também não estão na Bíblia.
Segundo: quem criou esta teoria da conspiração tem mais fé nestes textos e divindades antigas do que no próprio Cristo, pois utiliza estes textos supostamente autênticos com divindades supostamente verdadeiras para desviar o foco de Jesus e seu nascimento. Jesus é sobre todos, seja bendito eternamente.
Podemos utilizar símbolos natalinos?
A resposta é SIM, podemos. Mas devemos utilizá-los como são: apenas símbolos e nada mais. Não são divindades e nem nos ligam a divindades. Não merecem adoração. Não podem substituir o verdadeiro significado do Natal. Nunca coloque qualquer símbolo natalino acima das suas possibilidades, como pessoas que pensam que "sem árvore de natal, não há natal nesta casa". Há Natal quando Cristo está vivo em seu coração.
Para terminar, conselho de Paulo a Tito:
"Não dêem atenção a lendas judaicas nem a mandamentos de homens que rejeitam a verdade. Para os puros, todas as coisas são puras; mas para os impuros e descrentes, nada é puro. De fato, tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas. Eles afirmam que conhecem a Deus, mas por seus atos o negam; são detestáveis, desobedientes e desqualificados para qualquer boa obra".Tito 1:14-16
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