Adaptado do artigo de Maggie Koerth-Baker
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Vai dizer que você nunca pensou nisso? Crianças fazem perguntas difíceis. Nos seus cerebrinhos existem coisas que os adultos não sabem. Olha só que pergunta legal:
Eu sei o que você está pensando. "Como é que conseguiram pegar um peido?" Será que foi isso que "ela" pensou quando falou de estocar o vento? E, mais profundo ainda, pensamos sobre o "por que alguém iria querer estudar sobre o tamanho dos peidos?" O Dr. Michael Levitt, pesquisador que fez o teste dos gases, disse que não há muito valor para estes dados. Ele diz que "são apenas fatos fisiológicos".
Em 2009 um pessoal resolver fazer umas tomografias para saber se o volume de gás no intestino dos pacientes poderia levar a distensões e lesões no órgão. Os gases aparecem nas tomografias porque a densidade molecular é diferente dos órgãos, ossos e músculos do abdômen. Eles perceberam que o volume de gás não influencia nos problemas intestinais que essas pessoas tinham.
Geralmente, os gases não provocam inchaços. Ou seja, peidar não vai resolver o inchaço ou a dor abdominal. Estudos feitos por outro médico, Fernando Azpiroz, da Espanha, concordam com isso.
Certos alimentos - e isso é verdade - podem aumentar as flatulências (nome científico para o pum). O feijão, por exemplo, fermenta facilmente no organismo e produz resíduos gasosos. Em 2012 os pesquisadores juntaram pessoas saudáveis com pessoas que tinham problemas gastrointestinais crônicos e alimentaram todos com um café da manhã neutro. Com um cateter introduzido no ânus, coletaram os peidos e transferiram para uma máquina que mediu o volume do gás em tempo real. Seis horas após cada refeição eles repetiam a operação.
Após o café da manhã neutro, a média de puns de cada pessoa ficou em 260 ml a cada 6 horas. Quando comiam feijão no café da manhã, aumentou para 660 ml. Todos os pesquisados produziram quase a mesma quantidade de gás, porém as pessoas com problemas gastrointestinais relataram mais desconforto para expelir esse gás.
A conclusão dos cientistas foi que o problema não está no tamanho do pum, mas que o inchaço e desconforto - como quem tem a síndrome do intestino irritável - sofrem alguma desordem nervosa que causa hipersensibilidade à dor. É o que disse o Dr. Bruno Chumpitazi, que conduziu a experiência no Texas. Em outros testes, o Dr. Chumpitazi inseriu balões infláveis no intestino dos pacientes e foi injetando ar lentamente, mas as pessoas com problemas intestinais sentiam dor, inchaço e desconforto quando o balão estava bem mais vazio do que os balões inseridos nas pessoas saudáveis.
A teoria do Dr. Azpiroz para os problemas com gases é a posição do diafragma. Pessoas que se sentem inchadas, geralmente tem o diafragma "caído", empurrando o estômago para fora. Ele suspeita que é um comportamento aprendido, uma reação ao desconforto causado pela hipersensibilidade no abdômen. E há cura. É necessário reposicionar o diafragma através de exercícios que os pacientes podem fazer de maneira consciente.
E ninguém teria sabido nada disto se os cientistas não tivessem decidido descobrir quanto espaço um peido toma no corpo.
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Vai dizer que você nunca pensou nisso? Crianças fazem perguntas difíceis. Nos seus cerebrinhos existem coisas que os adultos não sabem. Olha só que pergunta legal:
Quanto espaço um peido ocupa no corpo? - Inbal R., 5 anos
Não tem como saber exatamente quanto gás existe no seu corpo agora. Na verdade, cada pum tem um tamanho diferente, com composições diferentes. São a diversidade em pessoa. Porém, um estudo de 1997 feito com 16 norte-americanos encontrou um intervalo bem grande entre os peidos que eles soltaram. Foi entre 17 e 375 ml. Imagine o menor como um vidrinho de esmalte e o maior como uma lata de refrigerante.
Não tem como saber exatamente quanto gás existe no seu corpo agora. Na verdade, cada pum tem um tamanho diferente, com composições diferentes. São a diversidade em pessoa. Porém, um estudo de 1997 feito com 16 norte-americanos encontrou um intervalo bem grande entre os peidos que eles soltaram. Foi entre 17 e 375 ml. Imagine o menor como um vidrinho de esmalte e o maior como uma lata de refrigerante.
Eu sei o que você está pensando. "Como é que conseguiram pegar um peido?" Será que foi isso que "ela" pensou quando falou de estocar o vento? E, mais profundo ainda, pensamos sobre o "por que alguém iria querer estudar sobre o tamanho dos peidos?" O Dr. Michael Levitt, pesquisador que fez o teste dos gases, disse que não há muito valor para estes dados. Ele diz que "são apenas fatos fisiológicos".
Em 2009 um pessoal resolver fazer umas tomografias para saber se o volume de gás no intestino dos pacientes poderia levar a distensões e lesões no órgão. Os gases aparecem nas tomografias porque a densidade molecular é diferente dos órgãos, ossos e músculos do abdômen. Eles perceberam que o volume de gás não influencia nos problemas intestinais que essas pessoas tinham.
Geralmente, os gases não provocam inchaços. Ou seja, peidar não vai resolver o inchaço ou a dor abdominal. Estudos feitos por outro médico, Fernando Azpiroz, da Espanha, concordam com isso.
Certos alimentos - e isso é verdade - podem aumentar as flatulências (nome científico para o pum). O feijão, por exemplo, fermenta facilmente no organismo e produz resíduos gasosos. Em 2012 os pesquisadores juntaram pessoas saudáveis com pessoas que tinham problemas gastrointestinais crônicos e alimentaram todos com um café da manhã neutro. Com um cateter introduzido no ânus, coletaram os peidos e transferiram para uma máquina que mediu o volume do gás em tempo real. Seis horas após cada refeição eles repetiam a operação.
Após o café da manhã neutro, a média de puns de cada pessoa ficou em 260 ml a cada 6 horas. Quando comiam feijão no café da manhã, aumentou para 660 ml. Todos os pesquisados produziram quase a mesma quantidade de gás, porém as pessoas com problemas gastrointestinais relataram mais desconforto para expelir esse gás.
A conclusão dos cientistas foi que o problema não está no tamanho do pum, mas que o inchaço e desconforto - como quem tem a síndrome do intestino irritável - sofrem alguma desordem nervosa que causa hipersensibilidade à dor. É o que disse o Dr. Bruno Chumpitazi, que conduziu a experiência no Texas. Em outros testes, o Dr. Chumpitazi inseriu balões infláveis no intestino dos pacientes e foi injetando ar lentamente, mas as pessoas com problemas intestinais sentiam dor, inchaço e desconforto quando o balão estava bem mais vazio do que os balões inseridos nas pessoas saudáveis.
A teoria do Dr. Azpiroz para os problemas com gases é a posição do diafragma. Pessoas que se sentem inchadas, geralmente tem o diafragma "caído", empurrando o estômago para fora. Ele suspeita que é um comportamento aprendido, uma reação ao desconforto causado pela hipersensibilidade no abdômen. E há cura. É necessário reposicionar o diafragma através de exercícios que os pacientes podem fazer de maneira consciente.
E ninguém teria sabido nada disto se os cientistas não tivessem decidido descobrir quanto espaço um peido toma no corpo.
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